Resumo: Foi retirado células de gordura por lipoaspiração e isoladas células tronco mesenquimais , sendo testado ozonio em diferentes doses (5-10 e 20 mcc/ml) in vitro, em meio adipogenico e meio não adipogenico com o objetivo de observar se haveria um estimulo na regeneração e fia engenharia de tecidos. As células-tronco adultas ou somáticas detêm grande promessa para a reparação e regeneração de tecidos. Atualmente, o interesse dos cientistas é contínuo na investigação da biologia de células-tronco mesenquimais, tanto em aspectos básicos, quanto no potencial de aplicações terapêuticas. As células-tronco adultas derivadas do estroma do tecido adiposo, em comparação com as células-tronco derivadas do estroma da medula óssea, apresentam como vantagem o método fácil de obtenção da fonte tecidual. As células-tronco adultas derivadas do estroma do tecido adiposo apresentam potencial para se diferenciarem em células de tecidos mesodérmicos, como os adipócitos, as cartilagens, os ossos e o músculo esquelético e não mesodérmicos, como os hepatócitos, as células pancreáticas endócrinas, os neurônios, os hepatócitos e as células endoteliais vasculares. Neste estudo, induziram células hADAS a se diferenciarem na linhagem adipoblástica e investigamos o efeito da ozonização leve no processo adipogênico.As células hADAS são capazes de se diferenciar in vitro em linhagens de células meso, ecto e endodérmicas e também podem ser reprogramadas como células-tronco pluripotentes com mais eficiência do que outros tipos de células. As células hADAS são, portanto, consideradas uma ferramenta poderosa na medicina regenerativa e engenharia de tecidos. Neste estudo, foi investigado os efeitos da ozonização leve nessas células-tronco adultas derivadas de tecido adiposo humano (hADAS). As células hADAS foram induzidas a se diferenciar na linhagem adipoblástica, e o efeito de baixas concentrações de ozônio no processo adipogênico foi estudado combinando análises histoquímicas, morfométricas e ultraestruturais. Nossos resultados demonstram que o tratamento com ozônio promove o acúmulo de lipídeos em células hADAS sem induzir efeitos deletérios, ou seja a formação de novos adipócitos a partir de células tronco mesenquimais do tecido adiposo, provavelmente devido a abrindo caminho para estudos futuros que visem elucidar o efeito da ozonização leve no tecido adiposo para a regeneração e engenharia de tecidos. Foi observado que a melhor concentração para isso é de 10 mcc/ml e em meio adipogenico. Concentrações maiores gerou dano a células-troncos tronco ,sem gerar nova célula. Conclusão: Baixas concentrações de O3 induziram maior adipogênese a partir de células hADAS em meio adipogênico, sem mostrar efeito deletério, em comparação com as mesmas células hADAS em meio adipogenico sem ozonio. Concentrações maiores de ozonio (20 mcg/ml) mostrou deterioração da células-troncos tronco por aumento do estresse oxidativo. Precisa de maiores estudos mas abre possibilidades da associação do ozônio na medicina regenerativa. Níveis regulados de ROS são conhecidos por promover vias de sinalização essenciais envolvidas na proliferação, sobrevivência e diferenciação celular em células-tronco mesenquimais, portanto, é provável que 5 e 10 μg O3 / mL sejam concentrações seguras para células hADAS, capazes de ativar anti a resposta celular envolvendo, por exemplo Nrf2, HSP70, mtHSP70, à semelhança de outros tipos de células submetidas à ozonização leve.