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Novo diálogo com o CFM revela disposição transparente e foco no paciente para avaliar pedido de regulamentação da Ozonioterapia como prática médica.
Brasília - A Dra. Maria Emilia Gadelha Serra, Presidente da ABOZ, e Júnia Cordeiro, Diretora Executiva da associação, tiveram uma reunião importante, hoje, dia 6 de setembro, quarta-feira, em Brasília, com a Consultora das Câmaras Técnicas do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, Dra. Clarice Petramale.
Na ocasião, dialogaram sobre o processo de análise técnica da Ozonioterapia junto ao Conselho Federal de Medicina e entregaram uma cópia do documento da ABOZ protocolado na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.
A Dra. Maria Emilia Gadelha Serra abriu a reunião comentando sobre as movimentações legislativas da ABOZ, mencionando os projetos de lei: municipal, estadual e federal, destacando a discussão deste último, no Senado ontem. Em relação a essa posição da ABOZ, a Dra. Clarice Petramale disse que “enquanto estes fatos mobilizam pessoas na direção política do tema, a contribuição que o CFM tem a prestar é a avaliação técnica com transparência, foco no paciente e sem pessoalidades ou conflitos de interesse”.
Segundo ela, o CFM está investindo na sistematização do processo de avaliação das Câmaras Técnicas e com esta melhoria pretende preservar o papel da prática médica em sua primeira finalidade que é a de fazer o bem, mantendo o foco no paciente.
Segurança - A Dra. Clarice acrescentou ainda que, neste sentido, o ponto crítico nos procedimentos médicos é a segurança, mais do que a eficácia, que pode variar. Em relação a esse aspecto, a Presidente da ABOZ destacou que é muito relevante o fato da Ozonioterapia não ter efeitos colaterais e baixíssimo índice de complicações que é de 0,0007%, segundo a literatura médica.
No intuito de contribuir para a avaliação que a Consultora do CFM e sua equipe vão empreender, a Dra. Maria Emilia Gadelha Serra explicou que o mecanismo de biorregulação provocado pelo ozônio produz um efeito sistêmico, o que não deve ser considerado como panaceia, mas uma contribuição para a quebra do paradigma da fragmentação do cuidado na Medicina convencional cuja ineficiência é facilmente observada. Neste sentido, a Consultora do CFM acha interessante trabalhar com a ideia do futuro uso da Ozonioterapia como uma ferramenta passível de ser usada por qualquer especialidade médica e não no sentido de criar uma especialidade com a Ozonioterapia.
Estudo - “Não serão estudados somente os materiais entregues. Realizaremos o Monitoramento de Horizontes Tecnológicos, a fim de pesquisar a evolução da quantidade, da qualidade e dos resultados dos estudos existentes e em andamento e focaremos naquilo que se consegue provar por meio do método científico para avaliar a partir da qualidade dos estudos existentes, deixando isto como parâmetro na relação com a ABOZ”, afirmou Petramale.
A ABOZ considerou a reunião muito profícua pela disposição transparente de avaliar o pedido de regulamentação da Ozonioterapia no âmbito da prática médica de forma aberta, tendo como foco o paciente e uma prática ética e segura, que também são valores para a ABOZ.